domingo, 20 de setembro de 2009

RESPIRAÇÃO


Um pouco de ar.

As vias de entrada de ar no corpo humano são as narinas e a boca. O ar que entra pelas narinas atinge as fossas nasais. É melhor por aí. O ar é umedecido, aquecido, filtrado e "cheirado". O próximo ponto de passagem é a faringe (nasofaringe, orofaringe e laringofaringe). Depois, a laringe.

A laringe é famosa porque é a nossa "caixa" vocal. É lá que ficam nossas pregas (cordas) vocais. Duas. Vibram conforme o ar as atravessa. Sofrem mudança na espessura com a puberdade, especialmente nos rapazes. Pregas mais grossas, voz mais grave. Assim "surge" o gogó.

Da laringe, o ar segue para a traquéia. Dela para os brônquios e então o ar ganha os pulmões. Os dois pulmões juntos apresentam 5 litros de capacidade mas podem sofrer um "upgrade" de mais um litro com a atividade física. Os brônquios que penetram nos pulmões são chamados de primários. No interior dos pulmões, eles se ramificam em brônquios secundários e depois em bronquíolos. Os bronquíolos terminam em conjuntos de sacos. Cada saco é chamado de alvéolo pulmonar.

Os alvéolos e a hematose

O objetivo respiratório é a chegada de ar aos alvéolos. Os alvéolos são rodeados por finos vasos sangüíneos chamados de capilares. Nessa região, o oxigênio flui para o sangue e o gás carbônico para o alvéolo. Essa troca gasosa é chamada de hematose. É a responsável pela mudança de sangue venoso em sangue arterial.

Os gases atravessam de um lado para outro por difusão, ou seja, vão para onde se encontram em menor quantidade. Para que isso ocorra o sangue deve ter menos oxigênio e mais gás carbônico que o ar do alvéolo. Observe alguns casos de "atmosferas" e condições de hematose:


O2 (em %)

CO2 (em %)

Ocorre hematose?

Ar

21,0

0,03

Sim

Oxigênio puro

100

0,00

Sim

Marte

0,00

97

Não


Concorda?

Movimentos respiratórios

Inspiramos e expiramos. São os movimentos respiratórios. Devem-se à ação do diafragma e dos músculos intercostais.

Inspiração

Quando contraídos (diafragma e intercostais), o tórax aumenta. Assim, a pressão intrapulmonar diminui. O ar entra.

Expiração

Quando relaxados (diafragma e intercostais), o tórax diminui. Assim, a pressão intrapulmonar aumenta. O ar sai.

Controle dos movimentos respiratórios

Um ciclo respiratório constitui de uma expiração e uma inspiração. Em uma situação de repouso (desperto) são 10 a 15 ciclos por minuto. Diminuem com o sono. Aumentam com o exercício. O ritmo é controlado pelo bulbo (medula oblonga), estrutura nervosa localizada na nuca. Sua ação depende do pH sangüíneo e do teor de oxigênio em alguns vasos.

Transporte de gases pelo sangue

Oxigênio

Em torno de 90% do oxigênio, é transportado pelas hemácias (eritrócitos ou glóbulos vermelhos). Elas possuem em seu interior, em um citoplasma desprovido de organelas e núcleo, milhões de moléculas protéicas de hemoglobina (Hb). Essas proteínas são conjugadas com um átomo de ferro. Apresentam grande afinidade pelas moléculas de O2. Formam, reversivelmente com elas, uma molécula chamada de oxiemoglobina (HbO2).

Gás carbônico

Pouco mais de 20%, circulam ligados reversivelmente com a hemoglobina – é a carboemoglobina (HbCO2).

Cerca de 70% do CO2 é transportado sob forma de bicarbonato no plasma. O gás carbônico gerado nos tecidos difunde-se para o sangue. Depois, entra na hemácia e reage com a água formando o ácido carbônico. Para isso, há a ação de uma enzima da hemácia chamada de anidrase carbônica. Logo depois, o ácido carbônico ioniza, liberando um H+ e formando o íon bicarbonato que é eliminado para o plasma. Todas essas reações são reversíveis.

Taquipnéia e bradipnéia

O excesso de CO2 no sangue faz com que mais ácido carbônico seja formado. A proporcional ionização que ocorre libera mais H+ o que diminui o pH, ou seja, ele fica mais ácido. Diante da diminuição do pH, o bulbo percebe a alteração e provoca um aumento no ritmo respiratório – é a taquipnéia.

Quando o CO2 diminui, o ácido carbônico e os íons H+ também. O pH aumenta o que leva o bulbo a diminuir o ritmo respiratório – é a bradipnéia.

Os sensores de O2

Nas paredes das artérias aorta e carótidas, existem quimioceptores para o oxigênio. Essas espécies de sensores sinalizam o nível de O2, provocando a variação do ritmo respiratório.

Sistema Circulatório


Funções
É responsável por conduzir elementos essenciais para todos os tecidos do corpo:oxigênio para as células,hormônios (que são liberados pelas glândulas endócrinas) para os tecidos,condução de dióxido de carbono para sua eliminação nos pulmões, coleta de excreções metabólicas e celulares,entrega de excreções nos órgãos excretores,como os rins, transporte de hormônio, tem importante papel no sistema imunológico na defesa contra infecções,termo-regulação: calor, vasodilatação periférica; frio, vasoconstrição periférica.. Transporte de nutrientes desde os locais de absorção até às células dos diferentes órgãos. Ele transporta o sangue por varias partes do corpo.As cordas que ligam o coração até outras partes são as veias.

Tipos de sistemas circulatório

Ausência de sistema circulatório

Certos animais como a planária (classe Turbellaria, filo Plathelminthes) não apresentam sistema circulatório. Os nutrientes, gases e excretas são transportados por difusão, célula a célula. É eficiente apenas para animais de dimensões reduzidas, com elevada relação S/V (Superfície/Volume). Isso é comum em poríferos, cnidários, platelmintos e nematelmintos.

Sistema circulatório aberto (ou lacunar)

O sistema circulatório dos artrópodes e maioria dos moluscos é aberto.
Este tipo de sistema circulatório não apresenta capilares nem veias; um ou mais corações, com 2 a 3 câmaras (aurículas e ventrículos), bombeiam o sangue (hemolinfa é um nome mais apropriado para esse caso, devido ao fato de que não há pigmento na hemolinfa) por um vaso dorsal. O sangue então dirige-se a cavidades chamadas seios ou lacunas na massa visceral ou manto, e volta quando o coração relaxa, através de orifícios chamados ostíolos. É chamado sistema circulatório aberto, porque nem todo o trajeto do sangue é percorrido dentro de vasos.

] Sistema circulatório completo

Um sistema circulatório diz-se completo quando o sangue venoso separa-se completamente do sangue arterial.

Sistema circulatório fechado

Um sistema circulatório diz-se fechado quando as células do sangue estão sempre dentro de vasos sangüíneos. Este sistema é composto por um líquido que leva nutrientes às células e elimina seus resíduos. O líquido, bombeado pelo coração, pode ser incolor, chamado de hemolinfa (presente nos insetos) ou plasma (chamado sangue).
Nos seres humanos o sangue está em circuito fechado formado pelo coração, artérias, arteríolas, capilares, vênulas e veias.

Sistema circulatório fechado e com sangue completo

O sistema circulatório é fechado e com sangue em todos os seres do subfilo dos vertebrados (dividido em sete classes, três classes de peixes, e as outras de anfíbios, répteis, aves e mamíferos), exceto nos ciclostomados [1] (peixe-bruxa e lampreia) além dos anelídeos e cefalópodes, na qual o sangue nunca sai da rede de vasos sanguíneos composta por veias, artérias e capilares.
Os sistemas das várias classes de vertebrados mostram vários estágios evolutivos, sendo que o do peixe é o menos evoluído, e o dos mamíferos e aves são os mais evoluídos.
No peixe, o sistema circulatório é simples; o sangue sai do coração, circula pelas brânquias (onde o sangue é oxigenado), pelos capilares do corpo, voltando para o coração no final do ciclo. Portanto, o coração do peixe é uma única bomba (composta de duas câmaras).
Nos anfíbios e répteis, há sistema circulatório duplo; o que quer dizer que há dois ciclos pelo qual o sangue passa, um no qual o sangue é oxigenado e outro no qual ele é distribuído pelo corpo. No entanto, nem sempre o coração é totalmente separado em duas bombas. Os anfíbios possuem um coração com três câmaras.
Nas aves e mamíferos (que também apresentam sistema fechado duplo), o coração é claramente separado em duas bombas e é formado por quatro câmaras.

Sistema circulatório no ser humano

O sistema circulatório humano é composto pelo sangue, condutores (veias e artérias) e coração. O coração é o órgão que bombeia o sangue.
O sistema vascular é composto pelos vasos sanguíneos: artérias, veias e capilares. As artérias são os vasos pelos quais o sangue sai do coração. Como a pressão do sangue no lado arterial é maior, comparando com as veias, resultando ser a parede das artérias mais espessa. As veias são os vasos que trazem o sangue para o coração; dentro delas há válvulas que, caso o sangue comece a fluir na direção contrária do coração, fecham-se impedindo o refluxo do sangue. Os capilares são vasos microscópicos, com apenas uma camada de células e uma camada basal e que são responsáveis pelas trocas de gases e nutrientes entre o sangue e o meio interno.
O sangue segue um caminho contínuo, passando duas vezes pelo coração antes de fazer um ciclo completo. Pode-se dividir, desta maneira, o sistema circulatório em dois segmentos: a circulação pulmonar e a circulação sistêmica.

Circulação Pulmonar

Ver artigo principal: Circulação pulmonar

A circulação pulmonar ou pequena circulação inicia-se no tronco da artéria pulmonar, seguindo pelos ramos das artérias pulmonares, arteríolas pulmonares, capilares pulmonares, vênulas pulmonares, veias pulmonares e deságua no átrio esquerdo do coração. Na sua primeira porção, transporta sangue venoso. Nos capilares pulmonares o sangue é saturado em oxigênio, transformando-se em sangue arterial. Esta inicia-se no ventrículo direito e encerra no átrio esquerdo.

Circulação sistêmica

Ver artigo principal: Grande circulação

A circulação sistêmica ou grande circulação inicia-se na aorta, seguindo pelos seus ramos arteriais e na seqüência pelas arteríolas sistêmicas, capilares sistêmicos, vênulas sistêmicas e veias sistêmicas, estas se unindo em dois grandes troncos, a veia cava inferior e a veia cava superior. Ambas desaguam no átrio direito do coração. Sua primeira porção transporta sangue arterial. Nos capilares sistêmicos o sangue perde oxigênio para os tecidos e aumenta seu teor de gás carbônico, passando a ser sangue venoso.

Outras definições

  • Circulação visceral - É a parte da circulação sistêmica que supre os órgãos do sistema digestivo.
  • Circulação portal hepática - O sangue venoso dos capilares do trato intestinal drena na veia portal, que invés de levar o sangue de volta ao coração, leva-o ao fígado. Isso permite que este órgão receba nutrientes que foram extraídos da comida pelo intestino. O fígado também neutraliza algumas toxinas recolhidas no intestino. O sangue segue do fígado às veias hepáticas e então para a veia cava inferior, e daí ao lado direito do coração, entrando no átrio direito e voltando para o início do ciclo, no ventrículo direito.
  • Circulação fetal - O sistema circulatório do feto é diferente, já que o feto não usa pulmão, mas obtém nutrientes e oxigênio pelo cordão umbilical. Após o nascimento, o sistema circulatório fetal passa por diversas mudanças anatômicas, incluindo fechamento do duto arterioso e foramen ovale.
  • Circulação coronária - É o conjunto das artérias, arteríolas, capilares, vênulas e veias próprios do coração. São considerados separadamente por sua importância médica e porque sua fisiologia (modo de funcionamento) apresenta aspectos particulares.